19 de nov. de 2013

Ordinary people.

Esse mundo é um lugar bem hostil. Assim do exato jeito que ele é. Porque esse lugar é a promessa de um holocausto. É a possibilidade de um apocalipse zumbi. Essa merda de planeta tá sempre desviando de algum meteoro, remendando a camada de ozônio,  salvando o Pardalzinho-de-peito-marrom da Mongólia da completa extinção. Se não tá fácil pro Pardalzinho-de-peito-marrom da Mongólia, imagine pra mim. Porque não existe uma ONG em meu nome, ou em seu nome. A não ser que vc seja uma pessoa deveras amada com uma doença rara. Nada contra essa gente que é amada e celebrada porque está doente, só acho deveras escroto com todas as outras também doentes. Olha, vocês não são menos amados não, viu? É que nem todo mundo nasceu pra Pardalzinho-de-peito-marrom da Mongólia. Lugar ridículo esse aqui.

E mesmo sendo essa coisa horrível que eu e você sabemos, eu ainda quero estar por aqui. Eu quero segurar a tua mão enquanto aguardamos com alguma ansiedade o cometa que vai passar. E pensarmos ao mesmo tempo que se ele desviar da rota e nos atingir em cheio, tá tudo bem, porque a tua mão está  na minha e meu coração está no teu.

É um mundo hostil, não somos especiais. Mas nos temos.

Fique à vontade.

2 comentários:

Anônimo disse...

=') beijo da k

Marcio Hasegava disse...

Poucas pessoas são especiais, gênios ou prodígios. Sabe o garoto que os pais adoram dizer que é esperto? Provavelmente não é. E é meio triste ver pessoas achando que o outro precisa ser especial para amá-las. Sério, você precisa saber, e espalhar, que seu filho é fantástico para amá-lo? Quer dizer, ela não pode fazer falta (eu acho que a medida do amor por alguém é diretamente proporcional à falta que você sente dela) sem que tenha, digamos, um doutorado aos 23 anos?