18 de mar. de 2013

Labirinto

Vim na certeza de cometer outro erro estúpido. Com o coração em carne viva, pronta para outra injúria.
Vim só pra ver que você não faz meu tipo e que seu cheiro não combina com o meu. Vim, pra te dizer que não vou ficar.

Então olhei nos teus olhos. E desejei tua boca na minha enquanto você falava sobre coisas que ninguém nunca mais falou comigo. Esqueci do mundo ao redor e criei em mim um lugar só nosso. Te amei no segundo instante, com o que restava do meu coração.

E eu que falo tanto, fiquei quieta. Deixei você me conduzir, porque não entendia teus sinais. Quando dei por mim, minha boca era tua e o teu cheiro fazia todo sentido. Minhas mãos no teu cabelo, meus cabelos em tua mão. As palavras somem e ficam só os gemidos. Era isso e era certo.

De pés dados, porque falamos com as mãos, e as conversas continuam. Um mar de coisas em comum e eu me afogo em você. Tua mescla de gentileza e vontade e teu abraço acolhedor. Da tua janela avisto minha puta favorita, linda, gritando meu nome.

Me sinto tua cúmplice, parte sua desgarrada. Reconheço em você um igual, e isso me assusta. Porque isso significa que como eu, você tem sede de amor. Que teu balanço é incerto como o meu. Que você quer o mundo e quer agora.

E contra tudo o que eu achava, eu ficaria.

Era só você querer.





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