9 de mar. de 2013

Em ondas.

Era mar. Essas tantas ondas e a calmaria lá no fundo. Lá onde não dá pé, onde a água é muita e a luz não bate. Lá onde ficam os peixes e todas coisas vivas. No fundo é que moram as lulas gigantes, as sereias e uma possível Atlântida. O desconhecido, os monstros, o inominável e os medos.

Era mar. Se derramando em terra no balanço lunar. Recuando, quando achava pertinente. Transbordando, quando se fazia necessário. Maremotos em dias inquietos, ressacas em dias tempestuosos.

Era mar. E deixava com que se banhassem e mergulhassem. Deixava que descobrissem o que havia no profundo. Deixava andarem na borda, molhando os pés. Mas requeria cuidado, para que não afogasse no ímpeto do abraço.

Era mar. Navegá-la era manso, se você soubesse como e quando.E passar a noite em suas águas até que o sol a amanheça. Ver sol e céu refletidos nela, e sorrir. A tranquilidade que invade quando se está no lugar certo.

Era amor. E me engoliu.

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