6 de mar. de 2013

Xeque-mate.

Loud, loutish lover, treat her kindly
(although she needs you
More than she loves you)

And I know it's over - still I cling
I don't know where else I can go
(Over and over and over and over
Over and over...)
I know it's over

And it never really began
But in my heart it was so real

Eu nunca precisei de você. Não cobrei nada, porque as coisas verdadeiras nos chegam gratuitamente. De olhos cerrados entreguei meu ouro, porque não sei fazer de outra forma.

Sustentei tuas mentiras, fiz delas minhas também. Eu não precisava de você e nem da aprovação do mundo. Eu precisava de um cigarro. Joguei mais uma partida de truco dentro de outro puteiro sujo, pra esquecer de vez teu gosto. Ganhei, porque o ditado não erra.

Existem jogos mais sujos que o nosso, existem mentiras mais feias. Me perguntei por dias quais foram as que você deliberadamente contou para mim. Neste intrincado de peças quebradas, neste tabuleiro opaco, eu não compreendia meu lugar. Não sabia quais eram os movimentos que eu deveria fazer e por isso, recuei. O Rei está morto, degolaram a Rainha. O que restou é sombra do que nunca foi.

No vazio do tempo, escrevo teu nome no chão. Os fundamentos, riscados à giz, somem na chuva. Guarde teu nome e o dela num papel dourado. O meu está marcado na palavra dita, na confidência trocada, na risada abafada.

Nunca nos precisamos. 
Somos o impreciso.



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