20 de jan. de 2013
Innuendo
Eu quero correr distâncias que minhas pernas não alcançam. Na rapidez que eu não tenho, com a pressa e a urgência do meu peito.
Porque meu coração está em chamas e minhas pernas doem. O cansaço daqueles que lutaram incessantemente contra uma maré de fogo. A incerteza do jogo e o sabor amargo na boca. Eu quero correr disso tudo e de você, para enfim fugir de mim.
E o meu nome está naquilo que eu não vejo. Naquilo que reside no oposto, é lá que está o meu coração. É na espera e no hiato, é no tempo que se arrasta. E cada batida no meu peito ecoa no vazio, porque sem você aqui, só me resta o silêncio. Sem você, não há música, não há dança.
Me diz, como suportar mais uma dança onde você não é meu par? Pisa no meu pé, me diz que eu não tenho ritmo e segura minha cintura. Você e mais ninguém. Me guia, porque meu corpo obedece o teu.
E se dança acaba e você solta a minha mão, eu não saberei pedir pra você ficar. A voz embarga e eu me faço em lágrimas. Não me espere pedir, me tome novamente. Não vá embora.
Fica.
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