Nenhum deles era como você. Não tinham as suas mãos, que não me pedem licença.Não tinham a sua voz, não tinham. Nenhum deles.
Das coisas imperfeitas, a pior era você. E suas mãos no meu pescoço. Nenhum deles colocava a mão no meu pescoço, todos tinham medo de me machucar. Você não me temia, só me puxava para junto de si e me fazia tua. Domador de bicho arredio era você.
E me machucou tanto que me fez gostar. Permaneci, arrumando desculpas, dizendo que no fundo, era bom. A dor era boa, o gosto de sangue na boca, os roxos pelo corpo. Cada cicatriz levava teu nome e um beijo teu. E a pele cicatrizada se torna carapaça, nada mais dói. Por costume te deixei ficar, mesmo contra a tua vontade. Na incerteza da tua presença me fiz forte.
Aguentei teu nome em minha boca até onde pude. Suportei as intempéries, o vórtice no meu peito que sugou tudo ao redor. E só restou a carapaça das cicatrizes que você me fez.
De tanto me proteger, me fiz vazia.
Das coisas imperfeitas, a pior era você. E suas mãos no meu pescoço. Nenhum deles colocava a mão no meu pescoço, todos tinham medo de me machucar. Você não me temia, só me puxava para junto de si e me fazia tua. Domador de bicho arredio era você.
E me machucou tanto que me fez gostar. Permaneci, arrumando desculpas, dizendo que no fundo, era bom. A dor era boa, o gosto de sangue na boca, os roxos pelo corpo. Cada cicatriz levava teu nome e um beijo teu. E a pele cicatrizada se torna carapaça, nada mais dói. Por costume te deixei ficar, mesmo contra a tua vontade. Na incerteza da tua presença me fiz forte.
Aguentei teu nome em minha boca até onde pude. Suportei as intempéries, o vórtice no meu peito que sugou tudo ao redor. E só restou a carapaça das cicatrizes que você me fez.
De tanto me proteger, me fiz vazia.
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