24 de nov. de 2012
Cinza(s).
Essa gama de sentimentos estranhos que acompanham os bons sentimentos me fazem perder o sono. Ou dormir demais.
As coisas são mais fáceis quando racionalizo essa dezena de garrafas de champagne que estouram sem a minha permissão dentro de mim. Mas é inevitável o choro, e meu choro pede um último cigarro. As lágrimas apagam a brasa e decido que o melhor mesmo é voltar a dormir.
Me despeço dos cheiros, dos abraços e da vontade. Matar as vontades é sempre a pior parte, e me vejo retorcer em crises de abstinência. Me abster das palavras boas que me encontravam durante o dia. Me abster da tua voz e do teu carinho, que nem sei se existem, grandes chances de serem tudo parte de um imenso delírio meu. Então é sobre voltar para a realidade. Ou para a mentira que melhor convir.
Fecho os olhos, tento me concentrar e refaço todo o caminho percorrido por nós dois. Onde foi que eu me perdi? A vida era mais fácil quando tudo não passava de um café. Quando eu não precisava contar até três e apertar o play.
Tudo era mais fácil quando eu era só cinza.
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Um comentário:
Conheço essas abstinências (e o delírio).
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