Cansa tanto. A sua falta de vontade de tentar e como você sempre me deixa ir, mesmo depois de ter me pedido pra ficar. Você nunca quis. Nem antes, nem agora e tampouco depois.
Mas haverá o dia em que eu não volto. O dia em que eu continuo andando e não olho pra trás, o dia em que eu paro de te dar o que há de melhor em mim, de graça. Incondicional é a minha idiotice, não meu amor. Eu me faço no sentimento de revolta que invade o peito e me joga pra frente, que é pra onde devo ir.
E tento não jogar o café quente na sua cara, para esconder o meu choro involuntário. Tento ser quem eu era antes de ter deixado você entrar, e ficar, e se espalhar por todos os cantos. Eu perco a conta de quantas vezes por dia eu repito o seu nome, mesmo sabendo que ai, do seu lado, as pessoas sequer sabem o meu. Eu não existo. Fantasma de corpo presente e vivo, de coração batendo no ritmo mais errado.
Esse é o lugar onde minha palavra perde força e vira bruma: eu sempre acabo voltando, por tudo o que você me dá de bom. Eu volto pelas coisas que se encaixam absurdamente, eu volto porque a gente se olha e nada precisa ser dito. Eu volto pelo silêncio de palavras e pelos barulhos das nossas respirações.
Se meu coração bate errado, nossas respirações se ajustam.
E eu fico.
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