21 de mai. de 2014

Magma

Acendi um cigarro, Ascendi. Transmutei. 

Era rocha, e o calor era tanto que virou lava, escorreu pelo meu peito. Parecia sangue, incandescente, pulsante. 
Escorreu e transfigurou tudo pelo caminho, desfez o que era dado como certo, mudou a paisagem.

Fez uma legião se mudar, ocupou espaços. Era tão bonito de se ver que me fez esquecer que era tóxico. Destruiu tudo ao redor.

No deserto que se fez, surgiu o novo. O solo se fez fértil, e o que se planta, colhe.

A promessa da abundância faz esquecer os perigos. Fica-se.

Fico.