2 de ago. de 2013

Storm.

Era só mais uma tempestade. Os ventos mais rápidos que carros em autobahns, a chuva mais afiada que a navalha que carrego no peito.

Como boa tempestade que era, causou os danos esperados. Havia a bagunça e os destroços e alguns mortos pelo chão. Eu deveria saber que aquele ar estagnado no antes era prenuncio da tormenta, mas ignorei os sinais e quando dei por mim, o olho do furacão era meu lugar. Porque eu fui feita para o tempo ruim.

E esse é o destino de quem persegue tornados: as escoriações e todas as cicatrizes, que é pra não esquecer. É quase bonito olhar pro céu e ver o tornado se formar, ver onde havia sol e brisa fresca transforma-se na fúria inepalávrel, que toma para si qualquer coisa que atravesse sua rota. Que não se importa com a vida que existia pelo caminho.

No improvável ela se constrói e no incerto ela se esvai.

Era só mais uma tempestade. E então deixou de ser.

Sobrevivi outra vez.








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