22 de mai. de 2013

Love is a battlefield.


Rompi tratados
Traí os ritos
Quebrei a lança
Lancei no espaço
Um grito, um desabafo
E o que me importa
É não estar vencido


Parei por 5 minutos e me dei conta: estou no meio de uma guerra. Sem saber por qual bandeira eu lutava, sem saber quem eu sou e qual era o meu lugar. Incerto das escolhas feitas, me joguei novamente na situação, sem medir as consequências. Os esforços também não foram medidos. Dentro, na raiz dos sentimentos, eu sabia que as coisas estavam fadadas ao fracasso.

Não é muito inteligente pintar um alvo em seu coração. Fica claro que é ali que as flechas devem ser atiradas, e eu sei e você sabe, os danos podem ser permanentes (eles são, eles sempre são). Mas eu pintei o alvo e me pintei para a guerra. Eu fui de peito aberto, esperando os golpes. Então eu percebi que era uma guerra solitária e o inimigo era eu mesmo. Quando eu cessei o grito, o outro lado também cessou e então se fez o silêncio. No silêncio eu pude encarar meus olhos. No silêncio eu pude ouvir as batidas erráticas do meu coração. No silêncio eu ouvi meu próprio nome.

Em silêncio, recolhi as armas. Eu já não era mais o mesmo, a guerra me fez outro. A minha guerra.
Em silêncio, eu abandonei o campo de batalha. Contei os mortos, todos parte de mim. Beijei suas testas e coloquei uma moeda em seus olhos.

Venci.

Nenhum comentário: