4 de mar. de 2013
Blood in, blood out.
Me olho no espelho e meu nariz está sangrando novamente. Eu senti o morno do sangue escorrer logo após a dormência do soco, e então veio a dor. Mas fazem dias e ainda sangra.
Não me lembro muito bem do motivo da briga, eu nem sabia o nome dele. Quer dizer, sabia. Mas não sabia exatamente quem ele era, ou se alguém choraria ao ver seu rosto desfigurado pelos meus punhos. Desfigurado. Foi assim que ele deixou meu coração e há um preço nisso, todos sabem. Mas não, não foi por isso que a briga começou. Eu não lembro o porquê.
Quando dei por mim, eu estava em cima dele. Foi assim da outra vez também, mas o balanço era outro e as mãos dele ficavam na minha cintura e as minhas em seu peito. E agora estou aqui novamente, mas de punhos cerrados, desferindo socos. Acho que quebrei uns dedos.
Foi quando ele se livrou das minhas pernas, que o prendiam no chão, e acertou em cheio meu nariz. Dormência, morno, dor. E ele me olhou com os olhos inchados e beijou minha boca suja de sangue. Mordi seu lábio com força, mas já não conseguia distinguir meu sangue do dele. Nosso sangue.
Paramos. Nos olhamos e nos despedimos. Estávamos desfigurados, em todos os sentidos.
E ainda sangra.
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2 comentários:
http://www.youtube.com/watch?v=EgXh-jXG-Vk
Anônimo que manja das minhas referências: melhores anônimos. <3
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