-Eu, na verdade, não me importo com as pessoas.
-É lógico que você se importa, você diz isso que é
pra não se deixar envolver e não se magoar.
-Não, é sério. Eu não me importo.
E era verdade, não havia nada ali. Não para mim, que gosto de corações pulsantes que jorram sangue e mancham tudo ao redor. Eu gosto de gente sem limites, que vai e estraga tudo e se fode muito e se quebra inteiro e não liga. Mas eu tinha essa coisa de me desapegar das pessoas com facilidade e achei que aquilo tudo era apenas uma faceta desse meu lado também. Não era. Entendi que me desapego por que aprendi a deixar ir, que nada nem ninguém é meu e até eu tenho limites para sofrimento. E ali era só um buraco. Era tristeza e eco. Era vazio.
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