17 de jun. de 2010

Não tão óbvia.

Não coleciono desafetos, prefiro desamores.
Talvez não haja tanta diferença entre um e outro, talvez não haja possibilidade de escolha, e no fim acabo ficando com aquilo que me cai melhor.
O que me entristece é a frieza e o desdém, e as escolhas mal feitas ou somente o fato de haverem escolhas.
Há casos em que não se deve escolher.
É o não-proteger à ninguém.
Só sei do chão que perco quando percebo que aquilo que deveria ser incondicional vem permeado de tantas condições.
E já não me faço frágil, me faço vazia.
Sobra o gesto acetoso.
Sobra o desequilíbrio que você tanto procura e provoca em mim.
Sobre você.
E carrega consigo o desamor e a certeza que as falhas são mais tuas que de ninguém.

(texto de 2008, mas que cai como uma luva nos meus tempos atuais.)




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