25 de jun. de 2010

Cinza

Treze anos e sete vidas. Não aceita colo e movimentos bruscos. Carinhos só quando a casa dorme e você se sente segura, tudo é no seu tempo, no seu ritmo de patas macias e ronronar tão discreto que passa desapercebido.
Foi a ultima a ser pega do telhado, numa ninhada abandonada. Foram dois meses te levando comida e tentando uma aproximação e tudo o que eu ganhava eram arranhões.
Mas você é linda e sabe disso e eu te quero por perto, a qualquer custo e então me submeto aos teus caprichos de senhora, com manias tão suas e esse focinho rosa.
Nunca pensei que pudesse amar tanto quem não me oferece nada em troca, e deve ser por isso que te amo, deve ser esse o amor que se sente quando admiramos alguém.

Arisca, a ponto de nem ter nome. Treze anos e nem um nome.

Gata.

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