30 de abr. de 2009

My Dinner Traumatic

Entender os “tais” sinais nunca foi o meu forte!
Em nenhuma das situações: tanto com o cara afim ou não...E sempre dou chance para me arrepender depois, por culpa disso...

Depois de uns 2 anos de insistência, aceitei, com ressalvas, o convite de um “amigo” – diremos assim - para jantar num restaurante bacana que, na minha cabeça, caracterizava um “encontro” (por isso a “ressalva”)...Ok. Tudo culpa do meu “tesão intelectual” que, por sinal, insiste em me colocar em roubadas.

Ele não é lá muito empolgante, beija mal pra burro (?!?) e tem um gosto duvidoso para as camisetas que usa, mas tem uma inteligência incomum e entende MUITO de música; um sinal da minha total falta de senso...enfim...

Como de costume me arrumei toda linda e cheirosa para o tal jantar com direito a sandália-sexy-de-salto e tudo mais! Sinal de que eu me preocupo com o que a pessoa vai pensar se eu for de “qualquer jeito”, né?

E o combinado era simples: nos encontrar numa esquina mais simples ainda da Paulista! E ele estava na esquina errada e eu tive que andar mais uma quadra...né?!?!
Enfim...meu pesadelo havia apenas começado: ao entrar no carro, tive que abrir a janela, já que o mau hálito imperava; foi o início do fim...

Chegando ao restaurante, o vallet custava R$ 8 (GENTE, OITO REAIS!!) , ele nem pensou: passou direto e foi procurar um lugar na rua mesmo, reclamando do valor altíssimo do tal vallet – veja bem, nada contra quem acha à mesma coisa, mas ele estava levando uma mulher pra jantar, custava maneirar? – e estacionou o carro a DUAS quadras do restaurante...Um sinal de que eu iria andar mais DUAS quadras sobre minha sandália-sexy-de-salto.

Foi um sinal de que a minha preocupação descrita antes (sobre estar de “qualquer jeito”) não valia pra ele: ele desceu do carro e eu me deparei com uma calça semi-bag desbotada, um sapatinho arredondado de camurça, camiseta com o escrito “cachaça” por dentro da calça ...Indignada estava, mais indignada fiquei depois de andar duas quadras e chegar ao restaurante. O segurança abriu a porta pra mim e quem entrou primeiro foi o meu educado acompanhante; a hostess veio nos atender e fez uma cara de quem diz “Você tá com esse cara??!!? Mesmo?!?!” ; fomos encaminhados para a mesa, o maitre puxou a cadeira para que eu sentasse, mas foi ele quem sentou (?!?!) deixando o maitre todo envergonhado...

O jantar em si, não teve grandes deslizes, á não ser o fato dele ter bebido 6 cervejas long neck, mais duas garrafas pequenas de vinho tinto SOZINHO, enquanto eu fiquei com uma garrafinha de água com gás, apenas...

Daí chegou à hora de pedir a conta: eu, educada, pedi para dar uma olhada, saber se nada foi cobrado a mais e tals (mania minha!) e ele achou que era uma coisa meio “vamos dividir?”... Daí a coisa degringolou: ele dividiu e o valor da “minha parte” era maior que o dele, mas só percebi no outro dia; o restaurante não aceitava meu cartão de crédito e tive que ligar pro banco pra saber se o dinheiro que tinha na minha conta dava para completar o que eu tinha na carteira, tudo isso na frente dele e ele MUDO, sem nem sugerir que eu pudesse pagá-lo depois...Não tomou nenhuma atitude...Sinal de que ele REALMENTE não tinha a menor intenção de pagar sozinho....

Fiquei tão brava que não consegui disfarçar; fora que liguei pro banco na frente da atendente...constrangedor!

Mas ainda não acabou...

Como fiquei sem dinheiro para tomar um táxi e ir embora, fiz ele me levar em casa, mas ele quis parar num bar antes onde pediu mais DUAS garrafas de cerveja e tomou uma dose de pinga!!! Foi quando um casal, na bagunça do movimentado bar, me empurrou (sem querer) e eu quase cai do bando que estava sentada...Ele, todo cheio de razão, olhou pra mim e disse: “Vou ter que dar um jeito nisso?!?!” (?!?!) e eu, delicadamente disse que ele já havia percebido que eu sabia MUITO bem me cuidar sozinha e pedi cuidado ao casal que prontamente me pediu desculpas....

Quando, graças a Deus, ele chegou à porta da minha casa, fez pose de “bofe”: estacionou perto da guia, desligou o carro e disse “E ai?”; mesmo antes de ele ter tempo de pensar eu já havia aberto a porta e com uma das pernas do lado de fora disse “valeu, bejocas” e sai do carro sem nem olhar pra trás...

Um sinal de que EU não estava afim dele...né?!?

Infelizmente não sou apenas eu que tenho dificuldade para entender os sinais, ele tbm! Tanto que, nesse tempo todo, ele insiste em me convidar para repetir “a dose” ...

É, gato...Ela não está afim de você!



*PS. Sou a D., convidada da R. e V.! Obrigada meninas!!

3 comentários:

Ivy disse...

Ahhhhhhhhhhhhhh!!!!! Adorei!!!!!!!!!!! É pros homens verem que a educação deles deixa a desejar, e eles deixam de ser desejados.

Nanda disse...

Acho que dividir a conta era justo mas tb acho que ele foi grosso de não se oferecer de te emprestar dinheiro pra pagar sua parte. Aliás, que tipinho viu?

Ivy disse...

Acho que dividir a conta é justo quando vc tem um relacionamento há um certo tempo com o cara... Soy contra, é o primeiro encontro, ele tem que mimar ela mais que tudo.